Durante este dia esperávamos operar na entrada do porto de Setúbal, mas as condições atmosféricas forçaram-nos a alterar os nossos planos. O nevoeiro denso da manhã não permitia a navegação segura no canal, e por isso decidimos ficar próximos de Sesimbra para o último dia de testes. Estes consistiram em percorrer vários quilómetros de baixo de água sem a ajuda do LBL, e dependendo do sistema de navegação inercial.

As duas primeiras pesquisas foram executadas a uma profundidade de 14 metros, para reconhecimento da área com sonar multibeam. O primeiro reconhecimento do local fez o Noptilus percorrer 4,5km. O segundo reconhecimento foi estruturado para que o veículo percorresse 2,5km, recebesse uma alteração do plano e posteriormente executasse mais 2,5km. Ambas as pesquisas foram bem-sucedidas.
A terceira pesquisa foi realizada ao fim da tarde. Baseado na informação batimétrica das pesquisas anteriores, a profundidade mudou para 24 metros para mapeamento com o sonar sidescan. Varrimento lateral a esta profundidade não é prática comum, e coloca alguns perigos para o veículo, mas permitiria um mapeamento bastante estável. Infelizmente, e devido a um pequeno desvio do percurso definido, o veículo ficou preso numa rede de pesca que flutuava a 1,5m do fundo. Isto aconteceu cerca de 2km após o início do mapeamento. Foi enviada uma equipa de mergulhadores para recuperar o veículo, com sucesso ao fim do dia.

Apesar deste fim abrupto da operação, a avaliação final é boa, já que o AUV foi capaz de percorrer cerca de 12km durante as três operações do dia com apenas uma carga de bateria.

Continuaram também os testes de comportamento do T-REX no UAV, no único voo que foi possível fazer durante o dia.
No fim das operações, todo o material foi devidamente arrumado para voltar ao Porto no dia seguinte.